As gigantes do agronegócio Amaggi e Inpasa anunciaram nesta terça-feira (14) o fim das negociações para a criação de uma joint-venture voltada à produção de etanol de milho.
O projeto, divulgado em 29 de agosto, previa a construção de três usinas em Mato Grosso, cada uma com capacidade para processar até 2 milhões de toneladas de milho por ano — um empreendimento que prometia reforçar o protagonismo do estado na cadeia de biocombustíveis.
A primeira planta estava prevista para ser instalada em Rondonópolis, um dos principais polos de logística e processamento agrícola do país. Embora o valor total do investimento não tenha sido oficialmente divulgado, estimativas do mercado apontavam aportes da ordem de R$ 2 bilhões por usina, considerando o porte e a tecnologia envolvida.
Em comunicado conjunto, as empresas informaram que a decisão de encerrar as tratativas ocorreu “após ambas as companhias concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto”.
Apesar da desistência, Amaggi e Inpasa enfatizaram o respeito mútuo e destacaram que permanecem abertas a futuras colaborações em áreas de interesse comum.
O projeto era considerado um dos mais ambiciosos movimentos recentes do setor de biocombustíveis, unindo duas potências com atuações complementares: a Amaggi, referência internacional na produção e comercialização de grãos e commodities agrícolas, e a Inpasa, líder na produção de etanol de milho na América Latina.
A expectativa do mercado agora se volta para os novos caminhos estratégicos que ambas as empresas deverão seguir após o encerramento das negociações — em um momento em que o etanol de milho se consolida como um dos segmentos de maior crescimento dentro da matriz energética brasileira.
Fonte: Redação com Assessoria