Com a proximidade do período seco, os confinadores em Mato Grosso intensificam o planejamento para a compra de insumos, em especial para a alimentação do gado, um dos fatores que mais impactam o custo da diária confinada. Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), cerca de 1,19 milhão de animais devem ser confinados no estado em 2025, o que representa um aumento de 3,89% em relação ao ano anterior.
No entanto, a expectativa de crescimento no número de animais confinados vem acompanhada de um cenário desafiador em relação aos custos de produção. Dados do IMEA revelam que o preço do DDG (grão seco de destilaria com solúveis), com 32% de proteína bruta, atingiu R$ 1.127,08 por tonelada no final de maio, o que representa um aumento expressivo de 43,12% em comparação com o mesmo período de 2024.
Em contrapartida, o farelo de soja, com 46% de proteína bruta, apresentou uma queda de 8,86% no preço, sendo cotado a R$ 1.674/tonelada. Já o caroço de algodão, com 26% de proteína, registrou uma alta de 140,14%, alcançando o valor de R$ 1.603/tonelada na parcial de maio.
De acordo com o IMEA, “esse cenário evidencia a competitividade do DDG frente às demais fontes proteicas utilizadas no confinamento. No entanto, cabe ressaltar que a significativa alta nos insumos tende a encarecer o custo da diária confinada este ano”.
Os dados reforçam a necessidade de planejamento estratégico por parte dos produtores, que precisam equilibrar o aumento nos custos com a busca por eficiência na terminação intensiva de bovinos. A tendência é que, com a chegada da seca e a menor oferta de pastagem, o confinamento se torne ainda mais relevante para garantir a regularidade na oferta de carne no mercado.
Fonte: Redação
