A situação da MT-140, rodovia estadual que liga Sinop a Santa Carmem, é crítica e tem gerado revolta entre motoristas que trafegam diariamente pelo trecho. Os buracos que tomam conta da pista aumentaram significativamente nos últimos dias, colocando em risco a segurança de quem passa por ali, principalmente durante a noite. Apesar de ser de responsabilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura (SINFRA), nenhuma ação concreta foi tomada até o momento.
A calamidade é tamanha que, em um relato irônico, um motorista que trafegava no sentido Santa Carmem–Sinop contou ter somado 308 buracos entre a ponte do Rio Azul e o entroncamento com a BR-163, no bairro São Cristóvão. “Isso se não aparecer mais uns até amanhã”, disse o condutor, que teve o pneu dianteiro do carro cortado ao cair em um dos inúmeros buracos.
Diante da omissão do Estado, a Prefeitura de Santa Carmem tomou a iniciativa de realizar um serviço paliativo, tapando buracos no trecho entre o centro da cidade e a ponte do Rio Azul. A medida amenizou parte dos problemas, mas a população cobra uma solução definitiva e o início imediato da obra de recapeamento, que, segundo informações, já tem recursos garantidos.
Além de motoristas de veículos de passeio, caminhoneiros e motociclistas estão entre os mais prejudicados. Muitos motociclistas têm ficado às margens da estrada à noite, com pneus estourados ou sofrendo quedas. O risco de acidentes é constante e a indignação cresce nas redes sociais e grupos de mensagens da região.
Moradores e usuários da rodovia pedem urgência por parte da SINFRA. “Estamos cansados de esperar. Sabemos que o recurso existe, então que venham logo e façam o serviço. Só quem passa aqui sabe o sufoco que é”, disse um produtor rural que utiliza a via para escoamento de grãos.
A comunidade alerta: se o recapeamento não começar em breve, o tráfego pode se tornar inviável, prejudicando o transporte escolar, o acesso a serviços de saúde e o escoamento da produção agrícola — base da economia local.
A reportagem tentou contato com a SINFRA para posicionamento, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
Enquanto isso, quem depende da MT-140 segue contando buracos — e prejuízos.
Fonte: Redação
