Após quase dois anos de angústia e comoção popular, a Justiça deu uma resposta firme ao caso que chocou a comunidade de Vera. Cleomar Kort foi condenado a 17 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do servidor do Detran-MT e vereador Alfredo Krause, ocorrido em outubro de 2022.
O julgamento, que durou cerca de 15 horas, foi realizado no Fórum da Comarca de Sinop e finalizado na madrugada desta quarta-feira (21). O processo foi transferido de Vera devido ao impacto emocional do crime e à grande mobilização popular em torno do caso.
Durante o júri popular, Cleomar foi condenado por homicídio qualificado, mas acabou absolvido da acusação de dano ao patrimônio público. O Ministério Público sustentou que o crime foi cometido por motivo fútil, com total impossibilidade de defesa por parte da vítima.
O assassinato de Alfredo Krause, de 58 anos, aconteceu dentro da sede da Ciretran de Vera, local onde ele exercia suas funções como vistoriador. De acordo com as investigações, após ter seu carro reprovado em uma vistoria, Cleomar deixou o local visivelmente irritado, retornando logo depois com uma espingarda. Com frieza, disparou à queima-roupa contra Alfredo, que ainda foi socorrido, mas faleceu a caminho do Hospital Regional de Sorriso.
Servidor público dedicado há mais de oito anos e vereador em seu primeiro mandato, Alfredo era conhecido por seu comprometimento com a comunidade. Casado há 25 anos, deixou esposa e uma filha de 24 anos.
A sessão foi marcada por fortes emoções. Familiares, amigos, colegas de trabalho e representantes sindicais acompanharam o julgamento. Em Vera, a comoção foi sentida por toda a cidade: o atendimento na Ciretran foi suspenso e servidores de todo o estado se vestiram de preto em sinal de luto e solidariedade. O Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT) liderou a mobilização com a campanha “Justiça por Alfredo Krause”.
Em entrevista antes da sentença, Anna Clara Krause, filha da vítima, falou com coragem sobre a dor enfrentada pela família. “É muito difícil olhar para o homem que tirou a vida do meu pai. Mas o apoio das pessoas nos dá forças para continuar.”
Com a condenação, a sociedade de Vera sente que um importante passo foi dado. O sentimento geral é de que, apesar da dor irreparável, a justiça foi feita. Cleomar Kort seguirá preso, como esteve desde o dia do crime, e agora cumprirá a pena determinada pelo tribunal.
Fonte: Redação

