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Mato Grosso registra aumento de mortes entre idosos não vacinados contra gripe

A análise dos óbitos aponta ainda um recorte etário preocupante: oito em cada dez vítimas tinham mais de 61 anos

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Um alerta emitido pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), acendeu o sinal de preocupação sobre a baixa adesão à vacinação contra a gripe em Mato Grosso. Dados recentes revelam que, das 36 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registradas em maio, a maioria absoluta das vítimas — cerca de 88% — não havia se vacinado contra a influenza.

A análise dos óbitos aponta ainda um recorte etário preocupante: oito em cada dez vítimas tinham mais de 61 anos. Entre elas, 14 estavam na faixa acima dos 76 anos, com sete tendo entre 76 e 80, e outras sete ultrapassando os 80 anos de idade. Esse perfil reforça o que especialistas em saúde pública já vinham alertando: a gripe, embora muitas vezes subestimada, pode ser letal entre os idosos, especialmente quando associada a outras comorbidades.

Apesar da campanha nacional de vacinação ter começado em abril, a cobertura vacinal em Mato Grosso continua muito abaixo do ideal. Apenas 28% do público prioritário — que inclui crianças, gestantes e idosos — foi imunizado até o início de junho. Ao todo, foram aplicadas pouco mais de 403 mil doses em todo o estado, número considerado insuficiente para conter o avanço de casos graves.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, reforça a necessidade da vacinação, especialmente entre os grupos de risco. “A vacina contra a gripe é gratuita, segura e fundamental para evitar internações e mortes. Ela está disponível nas Unidades Básicas de Saúde e é essencial que os idosos se imunizem o quanto antes”, ressaltou.

Diante do cenário, o Cievs recomendou que os municípios adotem medidas emergenciais para ampliar o alcance da vacinação. Entre as ações sugeridas estão a busca ativa por idosos e outros grupos prioritários, ampliação do horário de funcionamento dos postos de saúde, instalação de pontos de vacinação em locais de grande fluxo de pessoas — como terminais de ônibus, supermercados e praças — além de campanhas itinerantes em escolas, empresas e comunidades.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma condição clínica grave, que se manifesta por sintomas como febre alta, tosse e dificuldade para respirar. Em muitos casos, pode evoluir rapidamente para insuficiência respiratória e levar à morte. Especialistas alertam que a única forma eficaz de prevenção continua sendo a vacinação anual, principalmente para aqueles que integram os grupos de maior vulnerabilidade.

Fonte: Redação


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